No mundo todo, desenvolve-se atualmente um grande esforço na área que se convencionou chamar de Física Médica. O enorme desenvolvimento na área de instrumentos de diagnóstico e terapias na Medicina requer cada vez mais a participação de profissionais de outras áreas, principalmente de Físicos em atividades que envolvam radiação ionizante. No Brasil, o número de físicos cadastrados atuando nesse mercado é controverso, mas não ultrapassa 300, a grande maioria atuando na área de radioterapia.
Em uma portaria publicada em meados de 1998 (DIRETRIZES DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM RADIODIAGNÓSTICO MÉDICO E ODONTOLÓGICO, Portaria N0 453 de 02/06/98), o Ministério da Saúde estabelece que todas as instalações de radiologia médica e odontológica do país deverão contar com a supervisão de especialistas em Física Médica. Segundo dados do IRD-CNEN, são cerca de 18.000 instalações de radiodiagnóstico médico e mais de 50.000 consultórios odontológicos com equipamento de raios-x, o que deixa claro que esse é um dos mais promissores mercados do país, com poucos cursos de formação disponíveis, a maioria a nível de especialização ou pós graduação.
Nesse universo a posição do Rio de Janeiro é claramente privilegiada pois além da capacidade institucional da UFRJ com diversos Institutos e Programas de PG (Instituto de Física, Instituto de Ciências Biomédicas, Instituto de Biofísica, COPPE, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho) envolvidos de alguma maneira com Física Médica, nosso Estado conta também com alguns dos melhores institutos de pesquisa e prestação de serviços em áreas afins. Temos o IRD/CNEN (Instituto de Radioproteção e Dosimetria), órgão da CNEN, autoridade na área de radioproteção, dosimetria e metrologia das radiações ionizantes, o INCa (Instituto Nacional do Câncer), referência na área de radioterapia teleterapia e braquiterapia) e ainda o IEN/CNEN (Instituto de Engenharia Nuclear), onde se produz parte dos radio-fármacos utilizados no país.
Essas instituições se uniram num projeto bastante inovador e formularam a Habilitação em Física Médica, sediada e coordenada pelo Instituto de Física, e planejada e executada por um conselho formado por representantes de cada uma das instituições acima mencionadas.
OS ALUNOS APROVADOS NO VESTIBULAR PARA FÍSICA E FÍSICA MÉDICA, SÃO TODOS MATRICULADOS NO BACHARELADO EM FÍSICA. A OPÇÃO PELA HABILITAÇÃO EM FÍSICA MÉDICA DEVERÁ SER FEITA ATRAVÉS DE PROCESSO DE MUDANÇA DE HABILITAÇÃO, DE ACORDO COM O “EDITAL DE MUDANÇA DE HABILITAÇÃO” PUBLICADO A CADA INÍCIO DE SEMESTRE.
Aqueles que pretendem optar pelo curso de Física Médica, podem solicitar à COAA cursar as disciplinas de Fundamentos de Biologia Celular e Molecular, Anatomia e Fisiologia Humana, juntamente com o ciclo básico normal da Física. Após o ciclo básico, juntamente com cadeiras específicas a serem cursadas no IF, cursam também cadeiras nos demais institutos participantes do projeto, aprendendo conteúdos específicos com especialistas em cada área de atuação.
Mais detalhes poderão ser encontrados neste “site”; ou com o coordenador, Professor Odair Dias Gonçalves