Neste trabalho publicado na revista Nature, o grupo experimental de Rice, com colaboradores teóricos de diversas instituições, entre eles a prof. Thereza Paiva, do IF-UFRJ, observaram correlações antiferromagnéticas em átomos ultrafrios fermiônicos armadilhados em redes óticas.
Átomos ultrafrios em redes ópticas têm grande potencial para contribuir para o avanço na compreensão de um dos mais importantes problemas em abertos na Física: a supercondutividade de alta temperatura. Acredita-se que o modelo de Hubbard, uma versão simplifcada de fermions se movendo em uma rede periódica, descreva os detalhes essenciais da supercondutividade nos cupratos. Redes óticas com átomos fermiônicos ultra frios em dois estados de spin podem emular de maneira fiel este modelo, com parâmetros ajustáveis, oferecendo uma plataforma para a exploração sistemática de seu diagrama de fases. A realização experimental de fases fortemente correlacionadas, entretanto, tem sido dificultada pela dificuldade de resfriar os átomos a temperaturas tão baixas quanto as da escala da energia magnética de troca e também pela ausência de termometria.
Este trabalho demonstrara o espalhamento Bragg sensível ao spin capaz de medir correlações de spin antiferromagnéticas em uma realização do modelo de Hubbard tridimensional em temperaturas tão baixas quanto 1.4 vezes a temperatura de Nèel. Estas temperaturas estão além do regime de validade de expansões em série , o que traz o experimento próximo do limite das técnicas numéricas atuais.
Para saber mais, visite a página web da revista ou veja o texto da reportagem feita pela revista Science, que inclui entrevistas com os pesquisadores.