1. Seminário PPGI-FisAplic – Carlos Eduardo Aguiar

    O Prof. Carlos Eduardo Aguiar (IF-UFRJ) apresenta o seminário:

    Um Primeiro Encontro com Fenômenos Quânticos

    Em cursos introdutórios o primeiro contato dos estudantes com a física quântica geralmente segue um roteiro “histórico,” no qual os fenômenos que originalmente desafiaram a física clássica são abordados. No seminário discutiremos as limitações desse modelo e apresentaremos fenômenos, observados bem depois do desenvolvimento da mecânica quântica, que revelam de maneira particularmente simples alguns dos aspectos mais estranhos do mundo quântico. Uma aplicação desse enfoque ao ensino médio será relatada.

    https://if-ufrj-br.zoom.us/j/8297838539
    ID: 829 783 8539

  2. Seminário PEF – Rojans C. Rodrigues


    Resumo: No Ensino Médio e, também, em cursos introdutórios de Física em níveis mais elevados de escolaridade, a Lei da Gravitação Universal dos planetas é introduzida, postulando, primeiro, as três leis de Johann Kepler e, depois, a lei de Isaac Newton, do quadrado do inverso da distância ao Sol. A justificação das leis só é encontrada em cursos mais avançados em Mecânica. Nós apresentamos um material para ensinar a Lei das Áreas e a expressão analítica da lei da atração, o qual é inspirado na análise do movimento sob força central feita por Newton em Mathematical Principles of Natural Philosophy.

  3. Seminário PEF – Bruno Cezar Leandro Gimenez


    Resumo: Fenômenos como o arco-íris e a formação de miragens fascinam a todos. Perguntas como “Por que o céu é azul?” são frequentemente feitas por crianças. Todavia, tais temas muitas vezes não são abordados no estudo tradicional de ótica no ensino médio. Nesta apresentação discutiremos uma sequência alternativa para o estudo da óptica no ensino médio, no qual usaremos alguns fenômenos atmosféricos como motivação e também como fio condutor para a transição entre a óptica geométrica e a ondulatória.

  4. Seminário PEF – Leando das Neves Vicente


    Resumo: Apresentamos um conjunto de atividades para a discussão de circuitos elétricos e suas características em um laboratório didático. A partir da observação do comportamento dos parâmetros relevantes do circuito e da análise dos resultados obtidos durante as atividades, estabelecemos a expressão algébrica que relaciona os parâmetros considerados. Privilegiamos a abordagem experimental neste estudo dos circuitos elétricos de maneira que o estudante possa desenvolver suas competências e habilidades na observação de um fenômeno, na análise dos seus resultados e obter uma conclusão, conforme as orientações da ciência contemporânea. O trabalho proposto é adequado aos alunos da segunda série do Ensino Médio. Diante da realidade atual das escolas, utilizamos um simulador para a construção dos experimentos, de modo que os alunos, mesmo à distância, possam participar de maneira virtual de todas as etapas das atividades.

  5. Uma introdução à relatividade geral voltada para o ensino médio

    Os professores Rodrigo Rodrigues Machado, Alexander Carlos Tort e Carlos Augusto Domingues Zarro contam as motivações do trabalho:

    O princípio da equivalência: Uma introdução à relatividade geral (acesso livre)

    “Acreditamos que este artigo tem grande relevância para professores de ensino médio, dentro do espírito da física na escola e até para física básica. A motivação que há um forte interesse recente em Relatividade Geral, devido aos resultados da detecção de ondas gravitacionais e da observação direta de um buraco negro, que deram dois prêmios Nobel de física nos últimos 6 anos. No ponto de vista de pesquisa em ensino, é uma área nova, praticamente antes de 2015, os trabalhos de ensino de relatividade geral no ensino médio eram praticamente inexistentes. Temos estudado estes assuntos na tese de doutoramento do Rodrigo Machado (licenciado e mestre pelo IF), orientada por mim (Zarro) e pelo Tort.

    Este artigo surgiu de uma provocação do Professor Nelson Studart de como nós abordaríamos a Relatividade Geral num primeiro contacto para estudantes de ensino médio. Propusemos um caminho via princípio da equivalência que é abordado naturalmente no Ensino Médio, meio disfarçadamente, com os elevadores acelerados e balanças. 

    Os recentes resultados acerca da detecção das ondas gravitacionais e a publicação da primeira imagem de um buraco negro reforçam ainda mais a nossa confiança na teoria da relatividade geral (TRG). Uma introdução à relatividade geral pode ter como ponto de partida a discussão sobre a insatisfação de Einstein ao status privilegiado dos referenciais inerciais. Além disso o problema da interação instantânea, embutida na lei da gravitação universal de Newton, conflitava com a teoria da relatividade especial. Em 1907 Einstein apresenta, em suas próprias palavras, a ideia mais feliz da sua vida que é conhecido como princípio da equivalência (PE):

    “[…] para um observador que cai em queda livre do telhado de uma casa, pelo menos na sua vizinhança imediata, não há campo gravitacional”.

    Dessa forma, podemos estabelecer que para um referencial em queda livre é como se a gravidade desaparecesse sendo este referencial idêntico a um referencial em movimento uniforme no espaço livre. Quando o PE é aplicado a experimentos de mecânica, o mesmo tem como resultado a igualdade entre a massa inercial e a massa gravitacional. Entretanto, quando aplicado a todos os domínios da física, o princípio leva à previsão de novos fenômenos: o desvio para o vermelho gravitacional e a deflexão da luz em um campo gravitacional. Em 1915, Einstein concluiu a sua TRG e estabeleceu as equações que relacionam a geometria do espaço-tempo com a distribuição de matéria e energia. Pouco tempo após a publicação da versão final da TRG, Karl Schwarzschild obteve a primeira solução exata das equações de Einstein. Neste trabalho, destinado a alunos e professores do Ensino Médio, usamos o PE para deduzir a chamada métrica de Schwarzschild e suas consequências. 

    Cremos que como este artigo começa a preencher um buraco na literatura da ponte entre o ensino médio e relatividade geral, feita num nível maior do que o usualmente feito na difusão científica.”

    Texto enviado por Carlos Zarro.