Som
As ondas sonoras são produzidas por deformações provocadas pela diferença de pressão em um meio elástico qualquer (ar, metais, isolantes, etc), precisando deste meio para se propagar. Desta forma, percebemos que o som é uma onda mecânica, não se propagando no vácuo. A maioria dos sons acaba sendo obtido através de objetos que estão vibrando, como é o caso do alto-falante. Quando o diafragma contido no alto-falante se movimenta para fora da caixa acústica ele cria uma região de alta pressão pois comprime o ar que está nas proximidades. Da mesma forma, ocorre uma rarefação quando o diafragma se move para dentro da caixa.
Um ouvido normal consegue ouvir uma faixa de freqüências que varia aproximadamente entre 20 e 20000 Hz, sendo que as ondas que apresentam freqüencias inferiores a 20 Hz são denominadas infra-sônicas ao passo que os sons superiores a 20000 Hz são chamadas de ultra-sônicas. Já outros animais podem produzir e ouvir sons em freqüências inacessíveis aos ouvidos humanos como é o caso do morcego.
Leia: O ouvido humano.
A velocidade do som
A velocidade do som em qualquer meio é dada por
A velocidade do som no ar em condições normais é
A velocidade do som foi ultrapassada por um avião há muitos anos atrás. Mas, sómente em outubro de 1997, ela foi ultrapassada por um automóvel.343 m/s = 1234 Km/h [11.3]
Meio | Temperatura, 0C | Metros/segundo |
ar | 0 | 331,4 |
hidrogênio | 0 | 1286 |
oxigênio | 0 | 317,2 |
água | 15 | 1450 |
chumbo | 20 | 1230 |
alumínio | 20 | 5100 |
cobre | 20 | 3560 |
ferro | 20 | 5130 |
granito | 0 | 6000 |
borracha vulcanizada | 0 | 54 |
O som pode ser descrito como uma onda de pressão. Em função do caminho e do tempo percorrido, a equação que descreve esta onda é dada por (veja capítulo anterior)
onde x é o caminho percorrido pela onda, e t o tempo decorrido. k é o número de onda, e w a sua frequência angular. Dpmé a pressão máxima da onda sonora. Pode-se mostrar (veja livro do Halliday, ou do Moyses) queDp = Dpm sen (kx - wt) [11.4]
onde sm é o deslocamento máximo das camadas de ar (ou de cada molécula de ar individuamente) a partir da posição de equilíbrio.Dpm = (vwr)sm [11.5]
Difração
É possível ouvir o som produzido por uma explosão que se situa atrás de um muro delimitador, mesmo que este tenha grande espessura de tal forma que as ondas sonoras não consigam atravessá-lo. Da mesma forma, se algum membro da sua família que está trancado sozinho num dos quartos colocar uma música num volume bem alto num aparelho de som potente, todos os outros irão ouvi-la.
Quando partes de uma onda são ceifadas pela presença de obstáculos, sua propagação no meio considerado torna-se bem mais complicada, fugindo ao que o bom senso esperaria. Isto pode ser exemplificado imaginando-se um tanque cheio d'água com ondas planas se propagando em sua superfície. De início, poderia se pensar que além do orifício, a onda só se propagaria nos pontos situados entre as extremidades da passagem. Porém, o que realmente acontece é que o orifício funciona como se fosse uma fonte de ondas puntiforme, produzindo ondas circulares (Caso a passagem seja muito grande comparado com o comprimento de onda da onda incidente, apenas nas regiões próximas às bordas é que será notado alguma curvatura nas ondas).
Cumpre notar que no caso das ondas luminosas, seus comprimentos de onda variam de 4000 a 8000 angstrons aproximadamente. Por esta razão não se observa a difração da luz com facilidade, pois as aberturas e fendas são muito maiores do que o comprimento desta ondas.
Batimentos
Designamos por batimento ao fenômeno que acontece quando existe uma superposição entre duas fontes emissoras de ondas que produzam ondas que possuam a mesma direção, amplitude e freqüências próximas f1 e f2. Pelo fato das freqüências diferirem uma da outra, haverá momentos de interferência construtiva, onde a amplitude resultante será grande e momentos de interferência destrutiva, acarretando numa amplitude diminuta.
Através do uso da relação entre a soma de dois senos, verificamos que a expressão anterior pode ser reescrita sob a forma:y(x,t) = ym [sen(kx - w1t + f1) + sen(kx - w2t + f2 )] [11.6]
y(x,t) = ym cos(wbatt + fbat) sen(kx - wmedt + fmed )] [11.7]
onde a fase de batimento fbat=|f1
-
f2| / 2
e as freqüência e fase médias são dadas pelas
média aritmética das freqüências e fases
iniciais
(fmed = wmed
/
2p
= (f1+f2)/2 e fmed
= (f1 + f2)/2).
Escala de intensidade do som: decibel
Decibel é uma unidade inventada para medir a intensidade do som. Ela é uma razão entre valores, com um valor de referência. Como a intensidade absoluta dos sons varia em uma escala muito grande, a unidade é definida em termos de uma escala logarítimica.
Para se medir a intensidade do som é necessário uma pressão de referência, P0. Usamos uma pressão sonora que é aproximadamente igual ao limiar de audibilidade a 1000 Hz, isto é, a pressão exercida por uma onda de som de um som de 1000 Hz no tímpano, que é apenas o suficiente para ser ouvida. Esta pressão é tomada como sendo 2 x 10-5 N/m2. A escala de intensidade do som é então dada por
(Note que a fórmula para a escala usa 20 log em vez de 10 log, já que a intensidade é proporcional ao quadrado da amplitude de pressão.)20 log10(P/P0) dB [11.8]
A intensidade do som no limiar da audibilidade, I0, é 10 -12 W/m2. A intensidade som indica o fluxo da potência acústica sobre uma dada área. Para a intensidade, a fórmula acima fica
A intensidade do som pode ser obtida em função do deslocamento máximo dos elementos do fluido onde ele se propaga. Pode-se mostrar (veja o livro do Moyses, ou o do Halliday) que10 log10(I/I0) dB [11.9]
Exemplos de níveis de som típicos:I = (r v w2 sm2) / 2 [11.10]
Pressão do som
2 x 10-5 N/m2 |
dB | Intensidade do som
10-12 W/m2 |
Exemplos típicos |
63,2 | 130 | 10 | limiar da percepção |
20 | 120 | 1,0 | grande avião a jato |
6,3 | 110 | 0,1 | grande orquestra |
2,0 | 100 | 0,01 | arrebitamento |
0,63 | 90 | 10-3 | trem |
0,2 | 80 | 10-4 | escritório ruidoso |
0,063 | 70 | 10-5 | motor de carro |
0,02 | 60 | 10-6 | discurso |
6,3 x 10-3 | 50 | 10-7 | escritório médio |
2 x 10-3 | 40 | 10-8 | escritório quieto |
6,3 x 10-4 | 30 | 10-9 | biblioteca |
2 x 10-4 | 20 | 10-10 | sussurro |
6,3 x 10-5 | 10 | 10-11 | sussuro bem baixo |
2 x 10-5 | 0 | 10-12 | limiar da audibilidade
(a 1000 Hz) |
As áreas dinâmicas de audição são mostradas na figura abaixo. A linha superior é o limiar da dor, a diferentes frequências. A linha inferior é o limiar da audibilidade. Se o númedo de dB - decibéis - aumentar de 10 dB, o som é duas vezes mais alto! Numa linguagem popular dizemos que isto é o mesmo que passar um autofalante de 10 Watts para 100 Watts. A mudança é 10 dB, ou duas vezes mais alto.
O efeito Doppler
O efeito Doppler é um fenômeno observado com todas as ondas. Ele possui o nome do cientista austríaco Christian Doppler (1803-1853).
(a) Observador em movimento
Suponha que uma fonte estacionária está gerando ondas sonoras com frequência f0 = 240 Hz (Si) e comprimento de onda l0 = v / f0. Um observador estacionário a uma certa distância da fonte ouvirá um som com frequência f0. 240 vezes por segundo o tímpano do observador será empurrado para dentro e para fora à medida que os máximos e mínimos da pressão alcançam o ouvido. O período de tempo entre dois máximos consecutivos é T = 1 / f0 = (1/240) s. Suponha que o observador suba em uma motocicleta e diriga no sentido oposto ao da fonte. Suponha que no tempo t1 um máximo de pressão alcança o ouvido na posição x. O próximo máximo estará na posição x no tempo t1 + T. Mas, o ouvido não estará mais nesta posição. O observador se moveu. O máximo tem que percorrer uma distância extra antes de alcançar o ouvido. Esta distância extra toma um tempo extra Dt. O intervalo de tempo entre máximos sucessivos que alcança o ouvido do observador é agora T + Dt. O período aumentou, a frequência aparente da onda diminui. O observador ouve uma outra nota menor do que o Si. Este é um exemplo do efeito Doppler. Se o obervador estiver dirigindo no sentido da fonte, o intervalo de tempo entre os máximos alcançando o ouvido será mais curto que T. Suponha que no tempo t1 um máximo de pressão alcançe o ouvido na posição x. O próximo máximo chegará na posição x no tempo t1 + T. Mas, ele chegará ao ouvido antes de ele alcançar a posição x, já que o observador se move no sentido da fonte. O observador ouve uma nota maior do que o Si.
A frequência aparente do som que alcança o observador é
f = f0 (v + vo) / v [11.11]
onde v é a velocidade do som, e vo é a componente da velocide do observador na direção da fonte (vo é negativo se o observador estiver se movendo para longe da fonte.). Normalmente não observamos o efeito Doppler quando nos movemos a pé, já que a velocidade do som é muito maior do que a nossa. Mas, movendo-se em uma motocicleta a 90 km/h = 25 m / s na direção de uma fonte, temos que f = f0 (340 + 24.6) / 340 = 1.07 f0. Movendo-se para longe da fonte dá f = f0 (340 – 24.6) / 340 = 0.93 f0. Quando passamos pela fonte, observamos então uma variação de frequência da ordem de 14%, uma variação razoável.
(b) Fonte em movimento
A frequência observada de uma onda sonora também varia se o observador estiver se movendo. A frequência aparente neste caso é dada por
f = f0 v / (v - vs) [11.12]
onde vs é a componente da velocidade da fonte na direção do observador (vs é negativo se a fonte se mover para longe do observador.).
Na figura acima os anéis simbolixam os máximos da onda sonora. O intervalo de tempo entre as emissões sucessivas é T. Quanto maior o círculo, mais tempo faz que a emissão foi feita. Todos os c'írculos expandem com a mesma velocidade. Se um observador estiver estacionário, então o intervalo de tempo entre a chegada dos círculos sucessivos ao ouvido é T.
Nesta figura a fonte está se movendo para o observador. O centro de cada círculo está na posição da fonte no momento em que ela emite o máximo. Como a fonte está se movendo para a direita, o centro dos círculos sucessivos move-se para a direita. Se o obsevador estiver parado, então o intervalo de tempo entre a chegada dos círuclos sucessivos ao ouvido é menor do que T.
Nesta figura a fonte está movendo-se para longe do observador. Como a fonte move-se para a esquerda, o centro dos círculos sucessivos move-se para a esquerda. Se o observador está estacionário, então o intervalo de tempo ente a chegada dos círculos sucessivos é maior do que T.
Problema:
Um trem apita com frequência de 400 Hz. Você
é um observador estacionário e ouve o apito, mas o
ouve com frequência de 440 Hz. Qual é a velocidade com
que o trem se aproxima de você?
Solução:
A frequência é maior, de modo que o trem
está se movendo para você. A velocidade relativa é
encontrada da fórmula f = f0 v/(v - vs).
Temos que (v - vs) = (v/f)f0, logo v /
f = (400 /s) (340 m/s)/ (440 /s) = 309 m/s. Portanto, vs
= 340 m/s – 309 m/s = 31 m/s = 111.6 mph.
Quando uma fonte de luz e um observador se aproximam, a luz que alcança o observador é deslocada para frequências maiores, ou comprimentos de onda mais curtos. Dizemos que a luz está deslocada para o azul. Quando a fonte de luz e o observador se afastam, a luz que alcança o observador é deslocada para frequências mais baixas, ou comprimentos de onda mais altos. Dizemos que a luz é deslocada para o vermelho. O deslocamento para o vermelho, ou para o azul, das linhas espectrais pode ser usado para determinar a velocidade da luz de objetos astronômicos com respeito a nós.
Leia: a origem do universo.
Sistemas de radares obtém informação por reflexão de ondas por objetos. Metereologistas examinam chuvas e outros fenômenos atmosféricos usando um tipo de radar especial chamado de radar Doppler. Uma antena de alta potência gira e emite pulsos de ondas de rádio. Os pulsos refletem na chuva e retornam à fonte de radar. Medindo-se o tempo entre os pulsos e o tempo que leva para os ecos voltarem, o sistema de radar calcula a distância e a direção da chuva. O radar Doppler também mede mudanças nas ondas de rádio, que indicam velocidade e direção. Um computador combina a informação do radar em um mapa, e pode informar aonde a chuva está caindo. Programas especiais de computador permitem analisar áreas pequenas, permitindo que os metereologistas examinem o tempo em cidades e mesmo em pequenos bairros.
Música
Dentre os diferentes tipos de sons produzidos pela natureza e audíveis ao ser humano, a música para alguns é sinônimo de criação divina ou então a expressão máxima de sensibilidade do ser humano.
As notas musicais por sua vez podem ser agrupadas de modo a formar um conjunto. Este conjunto recebe o nome de gama e um conjunto de gamas se constitui numa escala musical. Cumpre observar que tanto as gamas quanto as escalas musicais podem ser construídas de diversas maneiras, não sendo única (isto pode ser exemplificado verificando-se que a música oriental usa uma gama de cinco notas musicais ao passo que o mundo ocidental utiliza uma gama de sete). Entre as diversas gamas existentes, a mais popular de todas é a chamada gama natural ou gama de zarlin, que utiliza as notas denominadas dó, ré, mi, fá, sol, lá, si e novamente dó. Estes nomes foram atribuídos a Guido de Arezzo, que foi um músico italiano que viveu no século XI.
O conhecimento da nota fundamental é importante pois serve de referência para se construir a escala musical completa, pois podemos obter as demais notas simplesmente multiplicando-se a freqüência da nota fundamental por determinados valores (veja tabela abaixo).
Exemplo 2: Sabendo-se que a freqüência do dó4 é igual a 261 Hz, calcular a freqüência da nota fundamental (dó1): Resp.: Como dó4= 261 Hz, temos dó1= (1/4). dó4= 65,25 Hz.
O denominado intervalo acústico entre duas notas, que pode ser definido como a razão entre duas freqüências f1 e f2, onde (f1 > f2). Em decorrência da própria definição, o intervalo acústico T será sempre maior ou igual a 1 (quando I =1, f1=f2).
Deste modo, conforme vemos pela tabela, os intervalos entre as notas consecutivas da gama natural podem assumir apenas os valores 1 (uníssono), 9/8 (tom maior), 10/9 (tom menor), 16/15 (semitom) e 2 (oitava).I = f1 / f2 [11.13]
Para introduzir uma nota intermediária entre duas notas consecutivas, de freqüências f1 e f2 temos a liberdade de proceder de duas maneiras distintas: A primeira delas é aumentar a freqüência de f1 e a segunda é reduzir a freqüência da nota f2. A primeira modalidade chama-se sustenir e a segunda bemolizar. Sustenir uma nota consiste em aumentar a sua freqüência, multiplicando-a por 25/24. Para indicar que uma nota foi sustenida, escrevemos o índice # à direita da nota. Bemolizar uma nota significa diminuir a sua freqüência, multiplicando-a por 24/25. Para indicar que uma nota foi bemolizada, escrevemos o índice b à direita da nota.
Exemplo 3: A nota lá3 de uma certa gama tem a freqüência de 435 Hz. Calcular a freqüência do lá sustenido (lá#) e do lá bemolizado (láb): Resp.: Sendo lá3= 435 Hz, temos: a) lá# = (25/24). lá = 453 Hz. b) láb= (24/25). lá = 417,6 Hz.
Considere agora que você esteja ouvindo o som produzido por algum instrumento. Caso a audição de duas notas musicais (sucessivas ou simultâneas), provocar uma sensação agradável, dizemos que entre essas duas notas existe um intervalo musical. Essa sensação, depende exclusivamente da razão entre as freqüências dos sons, embora varie de ouvinte para ouvinte a nível sensitivo. Os intervalos musicais são classificados em consonantes e dissonantes. Os intervalos consonantes são expressos por frações em que o numerador e o denominador são termos menores que 6. Intervalo de quarta (dó-fá): 4/3. Intervalo de quinta (dó-sol): 3/2. Já os intervalos dissonantes são expressos por frações cujos termos aparecem inteiros maiores que o número 6. Intervalo de sétima maior (dó-ré): 15/8. Intervalo de segunda maior (dó-sol): 9/8.
Se a escala musical é a mesma como conseguimos diferenciar os sons dos instrumentos musicais? Conseguimos distinguir os sons produzidos pelos intrumentos musicais através de uma característica sonora denominada timbre. O timbre depende da fonte sonora e da forma de vibração que produz o som. Por exemplo, uma mesma nota musical emitida por uma harpa e uma guitarra produzem ao nossos ouvidos sensações diferentes, mesmo que suas intensidades sejam iguais. Matematicamente o timbre Tb é a forma da onda resultante quando levamos em conta todas as ondas produzidas num instrumento. De um modo geral, estas ondas possuem amplitudes A, freqüências wi e fases f diferentes, de forma que o timbre deve ser conseguido através de uma somatória das N freqüências. Deste modo:
Outra característica importante do som é a altura do som (ou tom), que é a qualidade do som que permite distinguir som grave (baixo) do som agudo (alto). Deste modo, som alto é o que possui alta freqüência ao passo que som baixo é aquele que tem baixa freqüência.
Os instrumentos musicais são acústicos: datam desde os tempos antigos e podem ser divididos em cordas (violão, harpa, guitarra, etc), sopro (flauta, saxofone, sanfona, etc) e percussão (bateria, bongô, sino, etc) ou eletrônicos: datam da década de 60 e é composto pelos sintetizadores.
Desta forma, para n = 1 temos a freqüência fundamental ou primeiro harmônico. Todos os outros harmônicos (n = 2,3,4, ...) são múltiplos inteiros da freqüência fundamental, sendo este o princípio de funcionamento de todos os intrumentos de cordas como o violão, banjo, berimbau, etc.f = n n / 2 L [11.15]
Passamos agora a falar um pouco a respeito dos intrumentos de sopro, os quais nada mais são do que tubos sonoros, sendo que dentro deles uma coluna de ar é posta a vibrar. Estas vibrações são obtidas através de sistemas denominados embocaduras, que se classificam em dois tipos:
Embocadura tipo flauta: Neste tipo, o músico injeta um jato de ar que é comprimido por um calço para depois colidir contra um corte em diagonal, efetuado na parede do tubo. Nestas circunstâncias, o jato de ar sofre turbilhonamentos e variações de pressão que o lançam alternadamente ora para fora, ora para dentro do tubo. Dessa maneira, a coluna gasosa interna do tubo é golpeada interminentemente, dando origem a uma onda longitudinal que se propaga no interior do tubo.
De acordo com as extremidades dos tubos sonoros, podemos classificá-los em abertos ou fechados, sendo que os abertos possuem as duas extremidades livres enquanto que nos fechados apresentam uma de suas extremidades obstruída.
Problema:
A comprimento de onda fundamental em um tubo aberto em
ambos os extremos é maior do que, igual, ou menor do que o comprimento
de onda fundamental em um tubo de uma extremidade aberta e outra fechada?
Solução:
Em um tubo com dois extemos abertos f = v/2L, l
= v/f = 2L. Em um tubo com um extremo aberto e outro fechado f =
v/4L, l = v/f = 4L. O comprimento
de onda fundamental em um tubo aberto em ambos os extremos é menor
do que o comprimento de onda fundamental em um tubo aberto em um extremo
e fechado em outro.
Problema:
Você sopra na abertura de uma garrafa para produzir
um som. Qual deve ser aproximadamente a altura da garrafa para que a nota
fundamentatl seja um Si médio?
Solução:
A garrafa é um tubo com um extremo aberto e outro
fechado. Temos que l = 4L. O comprimento
de onda do Si médio é 1,29 m. Logo, L = 32,25
cm.