1. Seminário PPGMFA – Prof. Luca Moriconi (IF-UFRJ)

    Modelo estocástico para as transições entre os estados coerentes de um escoamento turbulento em tubos

    Prof. Luca Moriconi (IF-UFRJ)

    Escoamentos em tubos turbulentos exibem estados organizacionais (EOs) que são rotulados por modos discretos de número de onda azimutal e lembram as soluções de ondas viajantes encontradas em regimes de baixo número de Reynolds. A evolução temporal discretizada dos EOs, obtida através de velocimetria por imageamento estereoscópico de partículas, demonstra ser não-Markoviana quando a aquisição de dados é realizada a uma taxa de amostragem resolvida na escala das estruturas coerentes de parede, como estrias de baixa velocidade. Em particular, as funções de correlação temporal adequadamente definidas para as transições dos EOs decaem como leis de potência intrigantes, até um horizonte temporal dos turbilhões de grandes escalas, após o qual elas decaem sob taxas muito mais rápidas de decaimento. Somos capazes de estabelecer, com base em uma descrição probabilística da criação e aniquilação de estrias de baixa velocidade (“microestados”), um modelo Markoviano subjacente para as transições dos EOs, que reproduz seu comportamento temporal correlacionado com precisão significativa. Essas descobertas indicam que os EOs estão distribuídos ao longo do tubo como pacotes estatisticamente correlacionados de estruturas vorticais quase paralelas ao escoamento principal.

     

    TITULAÇÃO E FILIAÇÃO INSTITUCIONAL:

    • Bacharelado em Física (PUC-Rio)

    • Mestrado em Física (PUC-Rio)

    • Doutorado em Física (PUC-Rio)

    • Pós-doutorado na Universidade de Princeton e no Instituto de Física – UFRJ

    • Professor do IF-UFRJ

     

    AVISO: Palestrantes convidados têm total independência em seus comentários. Suas opiniões não refletem, necessariamente, a posição ou visão do Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Física Aplicada ou do Instituto de Física da UFRJ.

     

  2. Seminário PPGMFA – Prof. Bruno Mota (IF-UFRJ)

    Auto-organização e complexidade emergente:
    Como construir um ser vivo sem um manual de instruções

    Prof. Bruno Mota (IF-UFRJ)

    Um corpo humano é composto de cerca de 1028 átomos. Porém, de todas as quase incontáveis maneiras de organizar tais átomos no tempo e no espaço, só um número ínfimo corresponde a uma pessoa ambulante e falante. Estas raras configurações possuem uma peculiar característica que chamamos vida: capazes de se adaptar ativamente a um ambiente variável e ocasionalmente hostil; de persistir por um longo tempo em desequilíbrio térmico e químico com o seu ambiente; e de, em cooperação com seus pares, produzir cópias aproximadas de si mesmas dotadas destas mesmas características. Os mecanismos e estruturas que promovem a adaptabilidade, persistência e fecundidade de seres vivos são complexos, mas isto não implica que organismos são produzidos átomo a átomo seguindo instruções detalhadas: tal procedimento seria ao mesmo tempo ineficiente e pouco robusto. O mais próximo que existe de um manual de instruções para um organismo é a sua sequência de DNA, que pode ser transcrita em menos bits do que o arquivo armazenando um episódio de TV típico. Dentro desta transcrição, os bits que diferenciam entre os genomas de todos os seres humanos que já viveram ocupariam menos memória que uma foto de celular. Estas claramente não são instruções detalhadas! São, ao contrário, instruções para iniciar, controlar e corrigir um processo de auto-organização, que concatena mecanismos locais relativamente simples, para espontaneamente produzir estruturas cada vez maiores e mais complexas. Células se dividem e diferenciam, sem saber ou se importar com algum plano maior além das suas circunstâncias imediatas, e inexoravelmente formam tecidos e redes. Redes para distribuir nutrientes e eliminar resíduos, e redes para monitorar e atuar sobre o ambiente à sua volta.

    Nesta palestra, pretendo mostrar que esta complexidade emergente e auto-organizada, que surge espontaneamente a partir de primeiros princípios simples, é uma característica essencial de seres vivos. Vou apresentar alguns exemplos (reais e em modelos) de mecanismos de auto-organização, e discutir algumas das implicações da filosofia de design implícita em tais processos, que é fundamentalmente diferente daquela que tipicamente usamos para criar artefatos humanos. De forma mais geral, entender quando e como ordem e complexidade surgem espontaneamente, em seres vivos, sociedades humanas ou em humildes pilhas de areia, é um dos grandes desafios da ciência atual.

     

    TITULAÇÃO E FILIAÇÃO INSTITUCIONAL:

    • Bacharelado em Física (UFMG)

    • Mestrado em Física (UFMG)

    • Doutorado em Física (CBPF)

    • Pós-doutorado no Instituto de Física – UFRJ

    • Professor do IF-UFRJ

     

    AVISO: Palestrantes convidados têm total independência em seus comentários. Suas opiniões não refletem, necessariamente, a posição ou visão do Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Física Aplicada ou do Instituto de Física da UFRJ.

     

  3. Seminário PPGMFA – Profa. Gabriela Andrea de Castro Pérez (IFRJ)

    Técnicas físicas aplicadas à catálise heterogênea

    Profa. Gabriela Andrea de Castro Pérez (IFRJ)

    As reações químicas que envolvem catálise heterogênea ocorrem na interface entre um catalisador sólido e um meio reacional em fase fluida. As propriedades da superfície, a estrutura e a composição química são determinantes para o desempenho do catalisador nessas reações, objetivando sempre controlar a atividade, seletividade e estabilidade. Nesta apresentação mostramos os princípios físicos envolvidos e resultado de alguns estudos de sistemas catalíticos heterogêneos por espectroscopia de fotoelétrons (XPS) e por difração de raios-X (DRX) in situ.

     

    TITULAÇÃO E FILIAÇÃO INSTITUCIONAL:

    • Bacharelado em Física (UFRJ)

    • Mestrado em Física (CBPF)

    • Doutorado em Engenharia Química (COPPE-UFRJ)

    • Professora do IFRJ

     

    AVISO: Palestrantes convidados têm total independência em seus comentários. Suas opiniões não refletem, necessariamente, a posição ou visão do Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Física Aplicada ou do Instituto de Física da UFRJ.

     

  4. Seminário PPGMFA – Prof. Alexandre Lopes de Oliveira (IFRJ)

    Dependência da temperatura e da valência intermediária no campo magnético hiperfino em impureza de Cerium diluída em RZn

     

    Prof. Alexandre Lopes de Oliveira (IFRJ)

    Neste trabalho é estudado teoricamente a influência da valência intermediária sobre a formação do momento local e do campo magnético hiperfino em uma impureza de Ce diluída em RZn (R = Gd, Tb, Dy) à temperatura finita. A dependência da temperatura dos momentos magnéticos locais e da interação magnética hiperfina relacionada é calculada pela abordagem da integral funcional na aproximação estática, extraindo assim a valência 4f do Ce na faixa de temperatura T ? TC (TC = temperatura crítica). Por meio de cálculos autoconsistentes é mostrado que o modelo de valência intermediária, com foco na dependência da temperatura, explica os campos magnéticos hiperfinos observados experimentalmente na impureza de Ce nesses compostos, em particular exibindo os dois regimes dos campos magnéticos hiperfinos (e momentos magnéticos locais).

     

    TITULAÇÃO E FILIAÇÃO INSTITUCIONAL:

    • Bacharel e Licenciado em Física (UERJ)
    • Mestre e Doutor em Física (CBPF)
    • Professor Titular do IFRJ

     

    AVISO: Palestrantes convidados têm total independência em seus comentários. Suas opiniões não refletem, necessariamente, a posição ou visão do Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Física Aplicada ou do Instituto de Física da UFRJ.

     

  5. Seminário PPGMFA – Prof. Luiz Vicente Gomes Tarelho

    Interações de Metrologia e Física: da construção da realidade física à construção da Economia 4.0

     

    Prof. Luiz Vicente Gomes Tarelho (InMetro)

    A Física surgiu da descrição de fenômenos provenientes da observação da Natureza e evoluiu para uma estrutura de teorias científicas comprovadas experimentalmente que permitem descrever a realidade física a partir da expansão da capacidade de observação dos sentidos humanos. Essa expansão se deu através da construção de instrumentos e dispositivos que permitiram realizar medições e prover descrições mais exatas, verdadeiras e precisas das grandezas e unidades envolvidas nessas medições. Nesse contexto, surge a metrologia como uma ciência que se ocupa com as melhores técnicas, procedimentos e métodos para realização de medições, construindo uma estrutura de conhecimento que permite o estabelecimento de uma estrutura internacional de padronização para as medições. Essa infraestrutura metrológica dá suporte para atividades de comércio internacional garantindo robustez, segurança e confiança na qualidade de produtos para as trocas comerciais internacionais. Adicionalmente, a metrologia auxilia a construir uma infraestrutura da qualidade que reconhece a certificação de bens produzidos numa cadeia produtiva inserida nessa infraestrutura metrológica. Além desse papel da metrologia, a padronização metrológica com uso das realizações práticas das unidades do Sistema Internacional de Unidades permite descrever uma metrologia física quanto-relativística a partir de 20 de maio de 2019, com a redefinição de algumas das unidades do SI. A metrologia física permite construir uma visão de futuro para a sociedade tecnológica que vivenciamos e com as perspectivas de redefinição da unidade de tempo, o segundo, em 2030-2034 e perspectivas de desenvolvimento da Indústria 4.0 com maior automação e virtualização do processo produtivo integrando-o à metrologia. Dessa maneira, a padronização metrológica descentralizada traz um futuro promissor para técnicas de metrologia quântica e para o desenvolvimento econômico e social do País. No seminário serão apresentados os conceitos metrológicos do Vocabulário Internacional de Metrologia, as definições e realizações práticas das unidades do Sistema Internacional de Unidades e trabalhos desenvolvidos e em desenvolvimento por alguns dos docentes e alunos de pós-graduação do Inmetro, nesse contexto metrológico. 


    Referências:
    1) Vocabulário Internacional de Metrologia: Conceitos fundamentais e gerais e termos associados (VIM 2012). Duque de Caxias, RJ: INMETRO, 2012.
    2) Sistema Internacional de Unidades (SI) / Tradução do Grupo de Trabalho luso-brasileiro do Inmetro e IPQ. — Brasília, DF: Inmetro, 2021.
    3) Cadernos de Metrologia / Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Vol. 1, n. 1 (2019) Abr/Jun. – Duque de Caxias, RJ: Inmetro, 2019.

    Disponíveis em
    https://www.gov.br/inmetro/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/documentos-tecnicos-em-metrologia

    4) Fritz Riehle et al, The CIPM list of recommended frequency, standard values: guidelines and procedures, Metrologia 55 188, 2018. Disponível em
    https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1681-7575/aaa302

     

    TITULAÇÃO E FILIAÇÃO INSTITUCIONAL:

    • Doutorado em Tecnologia Nuclear (USPBrasil);
    • Pesquisador do IPEN-CNEN (1998-2008);
    • Pesquisador do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (2008- )

     

    AVISO: Palestrantes convidados têm total independência em seus comentários. Suas opiniões não refletem, necessariamente, a posição ou visão do Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Física Aplicada ou do Instituto de Física da UFRJ.

     

  6. Seminário PPGMFA – Prof. Vitor Luiz Bastos de Jesus (IFRJ)

    Movimento de Cargas em Campos Oscilantes – Separação Isotópica e Confinamento Magnético Ressonantes

     

    Prof. Vitor Luiz Bastos de Jesus (IFRJ)

    Será apresentado o movimento de uma partícula carregada em campos magnético e elétrico oscilantes. A introdução de um “sistema girante de coordenadas” simplifica muito as equações clássicas de movimento e permitem a obtenção de soluções analíticas. Na condição ressonante (quando a frequência do campo magnético girante se iguala à frequência de cíclotron da partícula carregada) a partícula carregada é confinada em uma região finita do espaço que compreende uma superfície fechada, enquanto que se observada no sistema girante de coordenadas, apresenta-se como uma curva fechada. Fora da ressonância, a partícula não está mais confinada. Deste modo, é possível separar de maneira ressonante duas partículas carregadas com diferença em suas razões carga-massa de até 1%.

     

    TITULAÇÃO E FILIAÇÃO INSTITUCIONAL:

    • Doutorado em Física (CBPF)

    • Pós-doutorado em Física (PUC-Rio)

    • Pós-doutorado em Física (Max-Planck Institut, Alemanha)

    • Professor Titular do IFRJ

     

    AVISO: Palestrantes convidados têm total independência em seus comentários. Suas opiniões não refletem, necessariamente, a posição ou visão do Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Física Aplicada ou do Instituto de Física da UFRJ.

     

  7. Seminário PPGMFA – Helio Jaques Rocha Pinto

    O Prof. Helio Jaques Rocha Pinto (OVUFRJ) apresenta o seminário:

    Interações galácticas e canibalizações de satélites pela Via Láctea

    A Via Láctea nos parece um sistema estelar estável, no qual as estrelas se formam continuamente em seus berçários distribuídos ao longo dos braços espirais. Mas o passado da Via Láctea guarda surpresas para quem a toma por seu aspecto atual: como toda grande galáxia ela foi formada por interações com satélites menores. O que hoje chamamos de nossa Galáxia é um sistema que canibalizou galáxias rivais e cresceu a ponto de dominar sua vizinhança. Esse processo ainda hoje acontece, e só não o vemos mais claramente no céu porque a galáxia anã que está sendo destroçada encontra-se do outro lado do centro galáctico. Futuramente, será a vez da Via Láctea se fundir com M 31, formando um enorme sistema estelar no qual, talvez, alguma civilização do porvir também venha a se questionar sobre o passado da galáxia em que habitam.

    AVISO: Palestrantes convidados têm total independência em seus comentários. Suas opiniões não refletem, necessariamente, a posição ou visão do Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Física Aplicada ou do Instituto de Física da UFRJ.

    https://if-ufrj-br.zoom.us/j/8297838539
    ID: 829 783 8539

  8. [Reagendamento] Seminário PPGMFA – Roseane Alves

    A Profa. Roseane Alves (IPRJ – UERJ) apresenta o seminário:

    Modelagem computacional da dispersão atmosférica: contextos e aplicações

    O destino e distribuição de poluentes é um tema de interesse de toda a sociedade, pois tem um impacto direto na qualidade de vida da população. Neste seminário serão apresentados alguns conceitos sobre a dispersão de poluentes atmosféricos, como processos físicos e ferramentas matemáticas utilizadas. Por fim serão discutidas algumas aplicações e trabalhos publicados na literatura corrente.

    AVISO: Palestrantes convidados têm total independência em seus comentários. Suas opiniões não refletem, necessariamente, a posição ou visão do Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Física Aplicada ou do Instituto de Física da UFRJ.

    https://if-ufrj-br.zoom.us/j/8297838539
    ID: 829 783 8539

  9. Seminário PPGMFA – Vinícius Albani

    O Prof. Vinícius Albani (Depto. MatemáticaUFSC) apresenta o seminário:

    Uma Breve Introdução aos Problemas Inversos

    Nessa palestra será apresentada uma introdução aos Problemas Inversos, uma área interdisciplinar que usa ferramentas da Ciência de Dados, da Modelagem Matemática, da Modelagem Computacional, da Análise Numérica, da Análise Funcional, e da Otimização. Alguns exemplos ilustrativos de aplicações de técnicas de Problemas Inversos serão apresentados, tais como a Tomografia Computadorizada em Medicina Diagnóstica e a Calibragem da Volatilidade Local em Finanças Quantitativas.

    https://if-ufrj-br.zoom.us/j/8297838539
    ID: 829 783 8539